Camilo diz que Bolsonaro "rompeu o federalismo brasileiro" e volta a defender união entre Ciro e Lula.

 



                                                             foto Anuário do Ceará 


O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) cometeu erro “grave” na condução da relação entre a União e os entes federativos brasileiros (estados). Segundo o petista, Bolsonaro “rompeu o federalismo brasileiro”. As declarações foram dadas em entrevista à Rádio O POVO CBN, na manhã desta quinta-feira, 31 de março.

No diálogo com jornalistas do O POVO, o governador disse que entende a política “como uma grande construção, com respeito e diálogo, para melhorar a vida das pessoas” e criticou o presidente Bolsonaro por, muitas vezes, gerar atritos entre gestões. Com a saída do governo prevista para o próximo sábado, 2 de abril, Camilo deverá disputar vaga no Senado Federal nas eleições de outubro deste ano.

“Esse País precisa mudar de rumo. Respeito a maior autoridade do País, o presidente (Bolsonaro), não votei nele e fiz oposição a ele enquanto eleição, mas depois que ele vira presidente, é de todos os brasileiros. Eu sou governador de todos os cearenses. Mas esse presidente rompeu o federalismo brasileiro, a relação de respeito e institucionalidade entre estados e o governo federal. Isso é errado e grave”, criticou.

 Santana comentou ainda a relação do seu partido, o PT, com o partido do grupo político ao qual pertence no Ceará, o PDT. Ele enfatizou sua admiração por figuras de ambas as siglas, como os ex-governadores Ciro e Cid Gomes, ambos do PDT, e o ex-presidente Lula (PT) e voltou a defender uma aproximação nacional entre petistas e trabalhistas.

“Acredito que precisamos mudar a rota do Brasil, acredito que o Lula, que o Ciro e todos que defendem a democracia devem se unir e estar juntos, independentemente de no 1° turno ou no 2° turno para que possamos construir um Brasil de esperança”. E seguiu: “Foi por isso que eu tentei tanto reaproximar Ciro e Lula, porque acho que eles têm mais convergências do que divergências”.

Apesar de defender a aproximação, Camilo reconheceu que é difícil, a essa altura, uma aproximação entre os presidenciáveis do PT e do PDT ainda no primeiro turno de 2022, mas reforçou que no pleito de outubro o Brasil “não pode correr o risco de não fazer uma grande mudança".


                                    o Povo 

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