O mestre da cultura Raimundo Aniceto, morreu aos 86 anos, na noite desta quinta-feira (15), em Crato. Ele estava internado em um hospital do município e já tinha a saúde frágil, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que ele sofreu há cinco anos.
Ele era integrante da banda cabaçal dos Irmãos Aniceto e membro da 2ª formação do conjunto. O Governo do Estado reconheceu Raimundo como mestre da cultura desde o ano de 2004. Em 2019, oi inaugurado o Museu Casa do Mestre Raimundo Aniceto, parte do projeto dos Museus Orgânicos. Ele é um dos nomes mais importantes da cultura cearense. Ainda não há detalhes sobre o velório.
A banda dos Aniceto é oriunda de tradições herdadas dos índios Kariri, que viviam onde hoje é a região. Zé Aniceto, pai de Raimundo, é a figura central, a quem é dada o crédito de ter fundado a banda, no ano de 1835.
A família fabrica os próprios instrumentos para tocar, como também para vender. O ofício é parte de uma herança indígena, pois a percussões são feitas com cabaçal e os pifes com taboca, uma madeira semelhante ao bambu.
A performance nos palcos, com as danças que arrancam admiração e sorrisos do público, também é parte das influências dos Kariri. Os Irmãos Aniceto já se apresentaram em municípios da região caririense, nos palcos do Theatro José de Alencar e do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – ambos em Fortaleza -, em estados de todas as regiões do Brasil e também fora do País.
Veja a nota publicada pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará:
0 Comentários