Fotógrafo caririense leva tradições da região para campanha nacional do Dia do Nordestino

 


A história de Guilherme com a fotografia começou aos 13 anos, quando ganhou de presente do avô sua primeira câmera. Foto: Arquivo pessoal / Guilherme Ramos.

Bruna Santos

Retratar a imensidão da cultura e dos saberes nordestinos, em especial da região do Cariri, não é uma tarefa fácil. Mas, sob o olhar sensível do jovem fotógrafo Guilherme Ramos, natural de Aurora, toda a riqueza da tradicional Festa do Pau da Bandeira, em Barbalha, e o Pau de Sebo que acontece durante a corrida de jegues no sítio Amaro Coelho, em Juazeiro do Norte, foram capturadas e selecionadas nacionalmente para representar o Ceará em uma campanha que celebrou o Dia do Nordestino, comemorado em 8 de outubro.

A ação, feita pela Canon, reuniu fotógrafos dos nove estados do Nordeste, convidados a enviar imagens que traduzissem a alma e a diversidade desses territórios. “Poder ver a região do Cariri Cearense ser apresentada através das minhas fotografias a nível nacional, me enche de emoção e de orgulho de pertencer a este lugar, que por sua vez, é um lugar rico em cultura, tradição, paisagens naturais fascinantes e muita fé popular”, celebrou o fotógrafo.

Festa do Pau da Bandeira, em Barbalha, e o Pau de Sebo que acontece durante a corrida de jegues no sítio Amaro Coelho, em Juazeiro do Norte. Fotos: Guilherme Ramos.

A história de Guilherme com a fotografia começou aos 13 anos, quando ganhou de presente do avô sua primeira câmera, que utiliza até hoje. Desde 2019, ele se dedica à fotografia e, em 2021, decidiu se aprofundar na fotografia documental, trazendo elementos que carregam a essência do ser nordestino. Eu acredito que a fotografia tem um papel fundamental na manutenção da memória nordestina, tanto no sentido histórico quanto no cultural e afetivo. No contexto de um país marcado por desigualdades regionais, a fotografia também atua como instrumento de afirmação da nossa identidade nordestina”, destacou.

De acordo com Ramos, a fotografia tem o poder de mostrar que o Nordeste está além dos estereótipos da seca e pobreza. “E fotos como as quais foram apresentadas a todo o país, tanto minhas como dos outros colegas que também colaboraram para a construção do carrossel,  servem também para mostrar em sua completude que o nosso Nordeste nunca foi e nunca será os estereótipos que as pessoas de fora acreditam ser”, reforçou o fotógrafo.

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