Após não conseguir convocar todos os aprovados no último concurso, Prefeitura de Juazeiro do Norte prorroga validade do certame por mais dois anos.

 

A demora que envolve o concurso público de Juazeiro do Norte ganhou um novo capítulo dramático nessa terça-feira, 29. Com o prazo encerrado para que fossem realizadas todas as convocações legalmente, o chefe do executivo municipal decidiu adiar por até dois anos o prazo para chamar os aprovados neste que foi um dos maiores concursos do Brasil.

A concursada Vagna pessoa, aprovada para o cargo de Fiscais de Serviços Públicos, pede a sensibilidade do Prefeito Gledson Bezerra para dar continuidade as convocações. “Tendo em vista que as romarias foram retomadas e, atualmente, há apenas nove servidores em exercício no cargo, há uma necessidade de pessoal qualificado. Com isso, clamamos que sejam feitas as convocações”, destaca.

Ela também não compreende o fato de não haver novas convocações com argumentos de que não há necessidade e vagas disponíveis, porém foi aberta uma seleção de temporário semelhante, com 23 vagas, para Ordenador de Serviços Públicos, que foi barrada pelo Ministério Público (MP). Atualmente, existem 10 contratados no Cargo de Ordenador de Espaços Públicos exercendo as atribuições dos Fiscais de Serviços Públicos (efetivos).

Assim como Vagna, há centenas de outros aprovados que ainda não foram convocados, com muitos, inclusive, passando por situações complicadas à espera de serem chamados. Lima Júnior, professor de Educação Física, lembra que a prorrogação do prazo foi uma obrigação da gestão, tendo em vista que não foi feita a convocação, em tempo hábil, de todos os aprovados dentro das vagas imediatas.

Júnior pede ainda explicações sobre a contração de mais de 200 professores substitutos para as escolas do município, ocorrida no último mês de março, sendo que há pessoal efetivo para ser contratado. “Causa estranheza, pois a seleção havia sido anulada pela justiça, e como elas foram contratadas e colocadas em nossas vagas? Precisamos de transparência e de novas convocações devido a carência da rede municipal de ensino”, cobra o professor.

Com isso, os aprovados pedem uma organização da administração municipal no que concerne a criação de um cronograma detalhado de convocações ao longo dos próximos dois anos, pois muitos estão passando por dificuldades financeiras devido a toda morosidade envolvendo o caso. “Estamos desde o início na luta para que as pessoas dentro do quadro de vagas imediatas sejam chamadas. Precisamos ocupar as vagas não preenchidas por motivo como: falta de documentação, desistência e exoneração”, destacou o representante do Movimento Social Na Luta, Tiago. Ele lembra ainda que o movimento também contempla as pessoas em cadastro de reserva.

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Assessoria Commonike