Pacheco e Lira prometem votações apesar de calendário eleitoral


Lira e Pacheco chegam para sessão solene da abertura do ano legislativo de 2022

Lira e Pacheco chegam para sessão solene da abertura do ano legislativo de 2022

MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defenderam nesta quarta-feira (2) a capacidade do Congresso de entregar votações importantes apesar de 2022 ser ano eleitoral, o que promete gerar lentidão nas duas casas legislativas. Pacheco afirmou que o Congresso não pode deixar questões urgentes “em estado de latência”.

"Precisamos romper com o paradigma de que, em ano eleitoral, há um engessamento do poder Legislativo. Precisamos compreender as dificuldades que enfrentamos, as necessidades que nós temos e, também, nossas responsabilidades. Não podemos deixar questões urgentes em estado de latência. Precisamos desde já trabalhar nos projetos que sejam de interesse do país, ainda que em ano eleitoral", disse o presidente do Senado e do Congresso no discurso de abertura dos trabalhos.

 O ano dos congressistas, entretanto, deve ser tomado pelo calendário eleitoral. Apesar da previsão de discutirem projetos relevantes ainda em 2022, as atenções serão divididas com movimentações partidárias e de campanha. Pacheco, Lira e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que também participou da sessão solene, destacaram a reforma tributária como uma das principais pautas deste ano.

A intenção do presidente do Senado é que a matéria volte a ser discutida já na primeira semana do ano legislativo. O mineiro, ex-companheiro de partido do presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre (DEM-AP), firmou um acordo para que a comissão paute a proposta já nesta semana e o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) faça a leitura do seu parecer. A reforma enfrenta resistência de estados, municípios e alguns setores da economia e o ceticismo de lideranças no Congresso sobre a viabilidade de avançar no tema em ano eleitoral.

Lira disse que o Congresso não caminhará a passos lentos neste ano. Ao encerrar seu discurso, o alagoano pediu empenho dos colegas antes das eleições de outubro.

"Concluo, presidente Rodrigo Pacheco, deputadas, deputados, senadoras, senadores e demais autoridades presentes, conclamando a todos que deixemos as eleições para outubro, deixemos os interesses políticos para outubro e agora trabalhemos com ainda mais afinco e unidos para aprovar as medidas que são tão necessárias para o país e para os brasileiros. As disputas e tensionamentos devem ficar para o momento de campanha. Agora o momento é de união e diálogo porque o país tem pressa", disse o presidente da Câmara.

Além da reforma tributária, Lira e Pacheco também defenderam a reforma administrativa e propostas para diminuir os efeitos da inflação na vida dos cidadãos, para combater a Covid-19, diminuir o desemprego e reduzir o preço da gasolina.

                              R7 

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