Projeto De Lei Torna Museu Da Palentologia Patrimônio Cultural De Santana Do Cariri.

 


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SANTANA DO CARIRI, CE, BRASIL, 22-6-2017: Réplica de pterossauro no Museu de Paleontologia. Plácido Cidade Nuvens, de Santana do Cariri, possui acervo com grupos de fósseis, troncos petrificados, impressões de plantas, insetos, peixes, crustáceos, tartarugas, lagartos, crocodilianos, pterossauros e dinossauros, extraídos de várias regiões. (Foto: Tatiana Fortes/O POVO)(foto: TATIANA FORTES)


Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (Urca), em Santana do Cariri, agora é considerado patrimônio cultural do município. O prefeito Dr. Samuel (DEM) sancionou o projeto de lei municipal nº 943, de autoria do vereador Arclébio Dias (PDT). A matéria foi apresentada na Câmara Municipal no dia 30 de setembro. 

Desativado desde março de 2020 devido a pandemia da Covid-19, o museu foi reaberto no dia 26 de julho, em solenidade realizada com o reitor da Instituição, Professor Francisco do Ó de Lima Júnior. Neste ano, o museu completou 33 anos com uma programação de comemoração do aniversário.

O equipamento foi inaugurado em 1985 pelo então prefeito Plácido Cidade Nuvens. Em 1991, o museu foi doado à Urca, passando a integrar a estrutura da universidade como núcleo de pesquisa e extensão.

 A partir de 1997, através do projeto de implantação do Complexo Paleontológico da Chapada do Araripe, o museu tornou-se propulsor da pesquisa paleontológica, na divulgação da ciência e no apoio à cultura do Cariri. Também, através do Núcleo de Difusão Tecnológica, o museu oferece regularmente cursos, treinamentos, encontros, palestras e representa um ponto de apoio logístico para pesquisadores de todo o mundo.

O equipamento também possui acervo bibliográfico especializado (Geologia, Biologia, Paleontologia, Química, Física, entre outros), centro de intercâmbio científico, videoteca e recursos audiovisuais.

O Museu de Paleontologia mantém projetos de escavações permanentes de fósseis em toda a Bacia do Araripe, bem como coleta sistemática de fósseis nas frentes de escavações do calcário laminado, nos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri. Esse programa é a principal ferramenta contra a exploração clandestina e o tráfico de fósseis na região. O museu recebe, em média, 2.000 visitantes por mês, sendo um dos principais centros de visitação da região do Vale do Cariri.

O atual acervo abriga vários grupos de fósseis, sendo que seus maiores representantes são: troncos petricados (por silicicação), impressões de samambaias, pinheiros e plantas com frutos; moluscos, artrópodes (crustáceos, aranhas, escorpiões e insetos); peixes (tubarões, raias e diversos peixes ósseos), anfíbios e répteis (tartarugas, lagartos, crocodilianos, pterossauros e dinossauros).

Todo esse material fossilífero é proveniente, principalmente, das Formações Missão Velha e Santana (membros Crato, Ipubi e Romualdo) da Bacia do Araripe.

 

              BLOG DO AMAURY ALENCAR O POVO 

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