População Totalmente Imunizada Contra A Covid-19 Está Abaixo De 50% No Cariri.

 





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Em pouco mais de nove meses da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Ceará, iniciada em 18 de janeiro, menos de 50% da população da Macrorregião de Saúde do Cariri recebeu as duas doses do imunizante. É o que mostra a plataforma Vacinômetro, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), atualizada nesta segunda-feira, 25. Conforme os dados, o número de pessoas com o ciclo vacinal completo (duas doses ou vacina de dose única) chega a 700 mil, correspondente a apenas 43,80% da soma da população dos 45 municípios que formam a região, algo em torno de 1,6 milhão de habitantes, segundo o IBGE.

Considerando o desempenho individual das cidades, Iguatu é a que apresenta maior percentual de pessoas totalmente imunizadas (54,08%), seguida do Crato (51,03%) e de Barbalha (46,80%). Juazeiro do Norte, o maior município da região, alcança 44,46%. Os menores indicadores pertencem a Assaré (35,31%), Lavras da Mangabeira (32,86%) e Jucás (27,96%). O cálculo foi obtido a partir da proporção entre a estimativa populacional de cada município, divulgada pelo IBGE em 2021, e o respectivo quantitativo de doses aplicadas.

Em entrevista à rádio CBN Cariri, a presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE), Sayonara Cidade, explicou que a variação no ritmo da vacinação entre os municípios decorre do total de cadastros efetuados na Plataforma Saúde Digital, da Sesa. “A vacina chega aos municípios através do cadastro na plataforma, então quanto mais gente cadastrada, mais vacinas os municípios recebem. Por isso, alguns estão bem adiantados, e outros enfrentam dificuldades. É uma questão que afeta diretamente no ritmo da vacinação”, afirmou Sayonara em conversa com o jornalista Farias Júnior.

A presidente ainda acrescenta que as interrupções no fornecimento de vacinas pelo Ministério da Saúde também podem ter influenciado no desempenho dos municípios, principalmente os que receberam lotes da AstraZeneca/Fiocruz. “Tivemos pelo menos duas suspensões na aplicação da primeira dose, sobretudo a vacina AstraZeneca, que é a mais usada. Logicamente, isso acabou impactando na D2 também, devido ao intervalo necessário para as aplicações”, acrescenta.



Até o dia 15 de outubro, a janela imunológica – como é chamado o período entre a aplicação da D1 e D2 – da AstraZenaca era de 12 semanas, mas foi reduzida para oito, conforme nova orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI). O objetivo é antecipar a aplicação da segunda dose em quem ainda precisa completar o esquema vacinal e, assim, acelerar o andamento da campanha.

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