Houve a prisão temporária dos policiais Francisco Fabrício Paiva Lima, Dian Carlos Pontes Carvalho e Charles Jones Lemos Júnior, além de busca e apreensão nos endereços deles e dos batalhão onde são lotados. No dia 18 de outubro de 2020, a Polícia Judiciária tomou conhecimento de uma chacina na cidade de Quiterianópolis em que cinco homens foram mortos por quatro ou cinco indivíduos que estavam em um veículo.
Durante o levantamento foram identificados dois veículos suspeitos, um Fiat Mob de cor cinza e uma Trailblazer preta, sendo que o último estaria prestando apoio aos integrantes do primeiro automóvel. A Trailblazer de cor preta e placas PNM-9507 foi identificada como uma viatura da Polícia Militar, conforme o documento, o automóvel era do Comando Tático Rural (Cotar) e tinha como comandante o tenente Charles. Com ele estariam o cabo Francisco Fabrício Paiva Lima e Dian Carlos Pontes Carvalho, possivelmente motorista da viatura.
A suspeita cairia sobre os três policiais, pois foi descoberto que as cápsulas apreendidas pertencem a Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP) e que, por meio de um levantamento, verificou-se que Charles Jones Lemos Júnior é instrutor da AESP e que ministrou curso na instituição em 2019, o que sugeriria que ele teve acesso às munições de lote mencionado. Por meio de análise do Spia, a Trailblazer se deslocou para Fortaleza após o fato. Adotando postura incomum diante do fato, pois diversas viaturas foram levadas para o local do delito, inclusive aeronaves.
Há duas linhas de investigação. A primeira de um roubo contra o prefeito e candidato a reeleição de Crateús, em que Irineu e Reinaque estariam entre os suspeitos. E a segunda com a suposta tentativa de roubo a um comércio de Maurício, empresário de Quiterianópolis, praticada por Irineu e Renaique, do que surgiu a suspeita de que o empresário dono do comércio teria encomendado a morte dos dois. De acordo com o documento, a investigação apontou vinculo de amizade entre o empresário e os policiais do Cotar. Inclusive, que os agentes de segurança participavam de eventos na casa do empresário.
Diante dessa situação, o desembargador Francisco Darival Beserra Primo indeferiu o pedido de habeas corpus no último sábado, 19.
Fonte: O Povo
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