Com estoque de seringas, EPIs e refrigeradores, Ceará aguarda aprovação de vacina

 

Dr Cabeto, secretário da Saúde do Ceará (Foto: Barbara Moira)
Dr Cabeto, secretário da Saúde do Ceará (Foto: Barbara Moira)

O Ceará está pronto para vacinar a população com qualquer vacina assim que houver a liberação dos órgãos federais. De acordo com o secretário de Saúde do Estado, Dr. Cabeto, já existe estoque de seringas e de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) suficiente, além de freezers e refrigeradores, caso seja aprovada a vacina da Pfizer, que precisa ser mantida em temperaturas negativas.    

"O estado do Ceará já adquiriu as seringas e os insumos, nós já temos isso em estoque para vacinar essa população. Ao mesmo tempo, o governador esteve em São Paulo, nós fizemos contato com outras empresas para garantir que qualquer oportunidade que exista no mundo (de ter a vacina) o Ceará esteja a frente", disse o secretário. Ele esteve no Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM) para a entrega de placas simbólicas nas unidades da rede estadual.



O  governador Camilo Santana (PT) se reuniu com o chefe do Executivo Estadual de São Paulo, João Doria (PSDB), e representantes do Instituto Butantan para negociar a aquisição da vacina contra a Covid-19, a CoronaVac. Na mesma semana, o governador conversou com o Governo Federal e o Ceará deverá receber 1,7 milhão de doses da vacina contra o novo coronavírus ainda no primeiro semestre de 2021.


De acordo com Camilo, a expectativa é de que a vacinação comece em fevereiro e que as primeiras pessoas a serem imunizadas no Ceará sejam profissionais de saúde. O chefe do Executivo já tinha adiantado que o Estado estava pronto para a aplicação da vacina. "Mesmo o Ministério tendo informado que está comprando 300 milhões de seringas e agulhas, nós também estamos comprando seringas, agulhas e refrigeradores para guardar as vacinas, porque, a partir do momento que o Estado as recebe, é responsabilidade nossa fazer toda a logística de distribuição para a população cearense", disse ele na data.

Dr. Cabeto, secretário da Saúde, confirmou que o Estado já tem um plano de vacinação imediato e espera apenas a aprovação da vacina. "Nós já discutimos questão de vigilância, nós estamos estruturados, nós já apresentamos um plano de vacinação de forma imediata, tão logo a vacina chegue. Isso nos principais municípios, inclusive se chegar a vacina da Pfizer, que precisa de um preparo especial", afirmou Cabeto. Segundo ele, a Universidade Federal do Ceará (UFC) vai ceder freezers de congelamento a -70º c. Além deles, a secretaria aponta ter outros aparelhos, fazendo com que o Estado esteja pronto para receber e distribuir as vacinas.



Pandemia no Ceará

O titular da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) comentou também sobre a situação do Estado na pandemia. Nas últimas semanas, de acordo com os boletins da Sesa, o Ceará tem apresentado aumento no número de casos confirmados e de mortes. Na semana passada, o total de mortes pela Covid-19 no Ceará subiu 57,4%  quando comparado à semana anterior.  Fortaleza e alguns municípios do Interior, como Aracati e Sobral, são as regiões que apresentaram a maior elevação do índice, registrando ainda um aumento significativo do número de casos.  


O Estado tinha 72 cidades com níveis de alerta “altíssimo” ou “alto" para incidência de Covid-19 em seus territórios. Entre 29 de novembro e 12 de dezembro, o Ceará registrou uma média de 59,1 novos casos diários a cada 100 mil habitantes. Entretanto, a tendência para novos casos é considerada "estabilizada", segundo o Integraus, plataforma da Sesa. 

"O Ceará tem um aumento, mas não como nos outros estados", explicou o secretário. De acordo com ele, o Estado vive um platô, com algumas regiões com números de números de casos e de óbitos caindo. Com destaque à macrorregião de Fortaleza, onde houve aumento. "Nós tivemos um acréscimo de casos, mas um acréscimo discreto de óbitos e nós temos uma tendência à estabilidade. Eu acho que isso se deve a uma imunidade grande da população de Fortaleza", explicou o secretário. 

A preocupação agora são com as festas de fim de ano. Segundo Cabeto, a recomendação é evitar aglomerações em família, poupando principalmente pessoas idosas. "Nós entendemos que esse é um momento de um ano muito difícil pras pessoas. É um ano onde várias vidas foram perdidas, onde várias famílias sofreram, onde os idosos foram isolados", ressaltou. Mesmo assim, é preciso seguir o que é previsto no novo Decreto, para proteção de todos. "Então, é não realizar aglomerações, quaisquer que sejam elas e recomendar as pessoas pra que evitem, né? Que poupem as pessoas idosas. Tá muito frisado lá no Decreto que nós temos uma preocupação especial com aqueles pacientes", completou.

Com informações da repórter Marcela Tosi  

o Povo 

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