Estados do Nordeste vão ao STF e pedem volta de recursos do Bolsa Família


Procuradores-gerais dos estados do Ceará, Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraiba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para que o governo Jair Bolsonaro suspenda o corte de R$ 83,9 milhões do programa Bolsa Família.

Uma portaria do Ministério da Economia transfere a verba para a comunicação institucional da Presidência da República.

No pedido ao Supremo, os procuradores pedem que o governo federal justifique a concentração de cortes no programa na região Nordeste e recomponha o valor retirado para ser usado pela publicidade do governo.

Considerando que os beneficiários recebem, normalmente, pouco menos de R$ 200 reais, o valor de R$ 83,9 milhões, segundo técnicos do governo, seria suficiente para atender cerca de 70 mil famílias.
Em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro chamou a reportagem da Folha de São Paulo, que divulgou a informação, de mentirosa e atacou o jornal.

“Está lá uma manchete interna deles, a primeira matéria, dizendo que eu tirei dinheiro do Bolsa Família para dar para a propaganda oficial. Olha, eu estou anunciando onde, ô, Folha de S.Paulo? Estou anunciando onde? Nós estamos gastando aproximadamente em torno de 10% do que gastavam governos anteriores”, afirmou o presidente em sua live.

Bolsonaro admitiu que há fila de espera no Bolsa Família, mas ponderou que estas pessoas estão recebendo os R$ 600 do auxílio emergencial por causa do coronavírus.

“Quando é que vocês vão aprender… Não vão aprender, vou cansar de falar aqui, a ter vergonha na cara? Fazer uma matéria decente? Vocês podem até falar ‘tem tantos na fila, mas foram contemplados com auxílio emergencial de R$ 600’.”

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