Rodrigo Maia - Pressão contra isolamento social é um ato "quase criminoso

Rodrigo Maia
Rodrigo Maia
Em entrevista à GlobNews, nessa noite de quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que entende a preocupação com a retomada das atividades econômicas, mas que a pressão com esse objetivo, neste momento, é um ato "quase criminoso".

A fala de Maia ocorreu no dia em que o presidente Jair Bolsonaro levou um grupo de empresários, na manhã desta quinta, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para defender perante o ministro Dias Toffoli, presidente da Corte, a retomada da economia em razão do aumento do desemprego.

Para o presidente da Câmara, a flexibilização do isolamento social não deve ser adotada em razão do aumento do desemprego, mas baseada em decisão técnica. Ele afirmou que salvar vidas “vai estar sempre em primeiro lugar”.

“O que a gente não pode é o setor produtivo muitas vezes – claro, eu entendo a preocupação – acabar gerando uma pressão que vai gerar um aumento maior do número de mortes no Brasil. Isso não é correto, é quase criminoso”, declarou Rodrigo Maia.

Ainda durante a entrevista, Maia foi questionado sobre que tipo de atitude espera de governantes em relação às medidas de isolamento social – se atitudes mais rigorosas ou flexibilização.

“Eu prefiro aquele [governante] que tome a decisão de forma racional e que não aceite pressões de nenhum setor. Então, uma decisão de flexibilização que não estiver relacionada à pressão de algum setor da economia, mas da decisão técnica-científica”, afirmou Rodrigo Maia.

Casos

O Brasil ultrapassou a marca de 9 mil mortos em razão do coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde. No total, segundo os números oficiais, há 135.106 casos confirmados de covid-19, doença provocada pelo vírus.

O isolamento social, ainda que à custa da atividade econômica, é a principal medida preconizada por especialistas e pela Organização Mundial de Saúde para conter o avanço da pandemia de coronavírus.


Eliomar de Lima

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