Janelas Digitais mostram o cotidiano de jovens beneficiários pelo Projeto Paulo Freire




Da janela de casa, ou mesmo do alpendre de casa, um breve relato fotográfico de como treze jovens beneficiários do Projeto Paulo Freire encaram o distanciamento social como uma oportunidade de espera e reflexão. Em meio à pandemia do coronavírus, o projeto “Janelas Digitais” convidou integrantes da Rede de Jovens Comunicadores(as) a exporem um pouco cotidiano, os afetos e o sertão cearense em variadas realidades, cores e tecnologias sociais.

“Para não enlouquecer em meio a esta situação. Onde o afastamento é o maior exemplo de amor de compaixão Me pergunto se este momento vai nos deixar alguma lição? Ou tanto tempo terá sido em vão”, descreve em cordel Francisco Diego de Abreu, de 28 anos. Em tons de marrom e laranja e verde observa-se a antiga casa convivendo um céu anil e as nuvens de final do período chuvoso. “Nossa casa antiga e nosso aviário. Passado e futuro, sustentabilidade”.




“Da minha janela, consigo avistar a igreja e lembrar que não poderemos celebrar a festa do nosso padroeito, mas também da minha janela é possível ver a lagoa (do Anjo) que dá nome à comunidade. Onde antes só se via terra seca, hoje é lindo de ver, pois está cheia de vida”, descreve Laissa Gomes, de 20 anos. “O lugar onde moro, uma simples comunidade. As casinhas afastadas, com tanta simplicidade, permanecemos unidos em qualquer dificuldade”, enviou Eliana Teles, de 25 anos.


“Tanto tempo para parar, pensar e refletir. Será que vamos mudar nossa forma de agir. E passamos a entender que temos que coexistir. Será que vamos valorizar nosso direito de ir e vir. Em meio a isso tudo onde minha vista consegue ir. Vejo que a natureza parece ressurgir. Pois o filho parou de a mãe agredir. Está de castigo e não pode sair”, encerra o cordelista da comunidade Batoque, município de Pacujá, como num último ato de esperança.

Postar um comentário

0 Comentários