Collor pede desculpa por confisco da poupança em 1990: "Infelizmente errei"

 
Frequentemente presente no Twitter para interação bem humorada com seguidores, ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) usou a rede social para assumir que errou ao confiscar a poupança dos brasileiros em 1990, de modo a combater a inflação galopante no primeiro ano de seu governo. Ele considerou que medida era arriscada e pediu desculpa aos brasileiros.
"O Brasil estava no limite! Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo, tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas politicamente sensível, com grandes chances de êxito no combate à inflação. Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco", ele escreveu, afirmando que sabia que ali poderia perder a popularidade e, até mesmo, a Presidência, o que ocorria dois anos depois, quando renunciou em meio a processo de impeachment sob outro contexto.
Durante as interações com os seguidores, é comum que mencionem este capítulo da gestão dele de modo crítico ou jocoso. Eliminar a hiperinflação, ele prosseguiu, era o objetivo central do mandato.
"Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos", ele pontuou.
A renúncia foi meio de o ex-presidente não perder os direitos políticos, antes que o processo de impeachment cassasse-os por oito anos. Em entrevista a Rádio Senado, em 2010, ele também pediu desculpas pelo bloqueio.
"Peço desculpas, as mais sentidas e as mais humildes, aos brasileiros que passaram por constrangimentos, traumas, medos, incertezas e dramas pessoais com o bloqueio do dinheiro. Lamento que tenha acontecido. Hoje, não faria de novo".

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