Auxílio: Caixa anuncia novas regras para saques


A Caixa aguarda a assinatura do presidente Jair Bolsonaro para ampliar o calendário de saques da segunda parcela do auxílio emergencial. O objetivo é evitar aglomerações nas agências, segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães.

 

O calendário deve ser divulgado hoje pelo Ministério da Cidadania. Os pagamentos do benefício, que pode chegar a R$ 1.200, começarão na próxima semana.

A ordem de pagamentos continuará a ser feita de acordo com o mês de aniversário do trabalhador, mas em vez de dois meses em um dia, como foi na primeira parcela, cada dia de pagamento será reservado para um mês de nascimento, diminuindo o número de beneficiários liberados para o saque. Em entrevista coletiva na tarde de ontem, o presidente da Caixa disse ainda que o pagamento da segunda parcela do benefício deve ocorrer de forma mais tranquila, já que, agora, há parceria da Caixa com prefeituras e mais de 50 bancos, o aplicativo Caixa Tem está mais eficiente, há 5.000 funcionários a mais para o atendimento, todas as agências estão abrindo às 8 horas e, principalmente, os trabalhadores já estão na base de dados do governo federal.

Análise

De acordo com a Caixa, mais de 96 milhões de pessoas pediram o auxílio emergencial. Destas, 50 milhões tiveram o benefício concedido e cerca de 12 milhões estão passando por nova análise. Quem pediu uma nova análise precisa aguardar. Após a finalização do cadastro ou da contestação, os dados informados pelo trabalhador são analisados novamente pela Dataprev, empresa de dados do governo federal. Caso o trabalhador tenha o direito reconhecido pela Dataprev, a Caixa é informada e faz a liberação dos recursos em até três dias úteis após o recebimento da informação pela Dataprev.
Correios
O governo quer fechar um acordo para que agências dos Correios façam o cadastro de pessoas que queiram receber o auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus. O ministro Onyx Lorenzoni (Cidadania) participou de debate com congressistas ontem e foi questionado sobre as longas filas de espera nas agências da Caixa, que libera o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs) e desempregados.

Segundo o ministro, a demora no atendimento nas agências já está sendo resolvida e as “filas estão em pontos residuais” do país. Deputados e senadores, porém, insistiram na necessidade de medidas para reduzir a espera, constatada, especialmente, nas grandes cidades. Lorenzoni, então, informou que está trabalhando num acordo com os Correios para que a estatal atue no processo de registro de pessoas e verificação de dados, o que aceleraria o atendimento e liberação do auxílio emergencial. “Exatamente para facilitar e ajudar as pessoas a fazerem o cadastramento, revisar os dados que não estão corretos”, disse o ministro sobre os serviços que poderão ser feitos nas agências dos Correios.
Questionado sobre a possibilidade de prorrogação do programa para mais de três meses, o ministro afirmou que o assunto ainda está em avaliação pela equipe do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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