
Criminosos têm intensificado o uso indevido do nome e da marca da Receita Federal para aplicar golpes em cidadãos de todas as regiões do país. Aproveitando-se da credibilidade do órgão, os estelionatários enviam mensagens falsas por WhatsApp, SMS e e-mail, criam sites que imitam o portal oficial e até realizam ligações telefônicas se passando por servidores públicos, sempre com tom alarmista e ameaça de punições imediatas.
O analista tributário da Receita Federal, Francisco Neuton, em entrevista ao Jornal Alerta Geral, pede para as pessoas ficarem atentas a mensagens enviadas em nome do órgão. Segundo ele, cresce o número de denúncias de pessoas que receberam cobranças falsas envolvendo supostas irregularidades no CPF, pendências no Imposto de Renda ou mercadorias retidas em alfândegas.
PRESSA E COBRANÇA
Em muitos casos, conforme enfatiza o analista tributário, os golpistas informam nome completo, CPF e oferecem “descontos” para pagamento imediato, o que confunde e induz a vítima ao erro.
Neuton reforça que a Receita Federal não envia cobranças por WhatsApp, e-mail, SMS ou ligação telefônica. A comunicação oficial ocorre exclusivamente por carta enviada pelos Correios ou pela caixa postal do portal e-CAC, no site oficial da Receita. Qualquer mensagem digital com links, boletos ou ameaças de bloqueio de CPF deve ser ignorada.
VÍTIMAS DA TENTATIVA DE GOLPE
De acordo com o analista, as maiores vítimas são pessoas de baixa renda ou que nem sequer têm relação tributária com o órgão, mas acabam pagando por medo de ter o CPF cancelado — algo que, segundo ele, não acontece, mesmo em casos de dívida. CPF é apenas um cadastro, cuja regularização é gratuita.
A Receita Federal recebe relatos de golpes de todo o Brasil, especialmente neste período de fim e início de ano, quando há maior circulação de dinheiro, como o pagamento do 13º salário.
A orientação é clara: diante de qualquer dúvida, o cidadão deve acessar diretamente o site oficial da Receita Federal e consultar sua situação no portal e-CAC, sem clicar em links recebidos por mensagens.
De acordo com o analista tributos, combater a desinformação é a principal forma de prevenção. “Se a mensagem diz que é da Receita Federal e chega por WhatsApp ou e-mail, tenha certeza: não é”, alerta Neuton.
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