
Equipe de pesquisadores que estão realizando o mapeamento. Foto: Reprodução / URCA.
Pesquisadores do Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (URCA) estão realizando o mapeamento de novas áreas fossilíferas próximas à Bacia do Araripe. Segundo a instituição, o objetivo é descobrir a fauna e flora pretéritas de áreas ainda inexploradas para o avanço da paleontologia regional.
As atividades realizadas consistem no mapeamento de novas áreas fossilíferas próximas a Bacia do Araripe. O trabalho tem como objetivo descobrir a fauna e flora pretéritas de áreas ainda inexploradas e ampliar o conhecimento sobre a distribuição de organismos na Bacia do Araripe e em bacias sedimentares adjacentes, contribuindo para o avanço da paleontologia regional.
Durante a visita, o professor Demerval do Aparecido (UNB) realizou a doação de espécimes de estromatólitos e icnofósseis do Proterozoico e do Devoniano, provenientes de diversas bacias do Centro-Oeste brasileiro, além de espécimes importantes de Corumbella werneri, do Período Ediacarano, considerado um dos primeiros animais com esqueleto mineralizado. Este organismo marinho, com aproximadamente 543 milhões de anos, possui uma carapaça articulada formada por anéis poligonais e é considerado um dos primeiros exemplos de metazoário, oferecendo importantes insights sobre a evolução dos animais.
O material doado passa a integrar o acervo do Laboratório de Paleontologia da URCA, sendo utilizado em aulas práticas das disciplinas de Paleontologia e Geologia. Os estudantes de licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas terão agora a oportunidade de visualizar e manusear fósseis importantes, como estromatólitos, que antes não faziam parte do acervo do laboratório. No último ano, o laboratório também recebeu doações significativas, como fósseis de amonóides da Antártica, provenientes do Museu Nacional (UFRJ), além de icnofósseis de trilobitas, túneis e outros fósseis da Formação Pimenteiras, gentilmente doados pelo Laboratório de Paleontologia da Picos, da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Essas colaborações ampliam o alcance das pesquisas e reforçam o compromisso da URCA com o avanço do conhecimento paleontológico com os principais centros de pesquisa do Brasil e do mundo.
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