Iguatu: criança é atingida na cabeça com bala de chumbinho em parque de diversões

 


Espingarda de chumbinho

Espingarda de chumbinho / Crédito: adobe stock


Criança de 4 anos foi atingida com um tiro de bala de chumbinho na cabeça na noite dessa sexta-feira, 1º, em Iguatu, município distante 388,82 km de Fortaleza. A Polícia Civil informou que estilhaços de disparo de espingarda de chumbinho atingiram a criança. O caso aconteceu em um parque de diversões localizado na cidade.

Após o acidente, a criança foi socorrida por familiares e encaminhada ao Hospital Regional de Iguatu, onde permaneceu em observação durante a noite. Na manhã deste sábado, 2, o menino foi liberado para casa, sob recomendação de repouso.

Em entrevista ao O POVO, a estudante de Direito e mãe da criança, Ilana Maria Andrade, de 34 anos, contou que ela, seu esposo, o policial Adilson de Oliveira Júnior, de 32 anos, e o filho teriam ido de Juazeiro do Norte, onde moram, para visitar a família em Iguatu.

Às 19h30min da sexta-feira, 1º, a família aproveitou para levar as crianças ao parque de diversões que estava na cidade. O acidente, segundo a mãe, aconteceu por volta das 21h40min, quando o grupo já estava próximo de ir embora.

De acordo com a ela, o filho estava junto com ela e sua irmã, ao lado da barraca de tiro ao alvo. A criança tomava água quando foi atingida pela bala de chumbinho.

“Quando ele entregou a água, ele botou a mão na testa, se abaixou, e disse: ‘Mamãe, pegou em mim’. Só que a gente, na hora, não entendeu. Quando ele tirou a mão, ele já estava banhando de sangue”, relata emocionada.

Nenhum dos familiares sabe informar de onde partiu o tiro. “A gente não sabe se foi a bala que foi e voltou, ou se algum dos que estavam perto do meu esposo foi tentar manusear [a espingarda de chumbinho] e a bala saiu. A gente não tem como confirmar o que aconteceu, porque foi muito rápido”, relata.

Na hora do acidente, Ilana Andrade conta que o marido não estava manuseando a arma, mas esperando o funcionário do brinquedo contar o chumbinho para colocar na lata.

Outros dois homens estavam manuseando a espingarda e atirando, ao lado do pai da vítima, mas não foi possível confirmar de onde partiu o tiro. “Por isso que a gente não sabe como foi, porque como ele não estava diretamente no brinquedo, a gente não sabe como foi que aconteceu”.


Ela conta ainda que a família já tinha costume de brincar de atirar e, por isso, não esperavam que o acidente fosse acontecer.

“A gente já era acostumado a brincar de tiro, aí a gente foi, só que não estava exatamente em frente à barraca, a gente estava do lado. E, no caso, o Adilson também já tinha o costume de acompanhar o pai”, explica.

A Polícia Civil informou que oitivas foram iniciadas com o objetivo de elucidar o caso, que está sub responsabilidade da Delegacia Regional de Polícia Civil de Iguatu.

Criança não precisou passar por cirurgia e segue com a bala de chumbinho na cabeça após liberação médica

Na hora do acidente, segundo Ilana Andrade, a família se desesperou e tentou chamar a ajuda dos bombeiros, mas não foi possível localizá-los. “Tentamos pedir para alguém chamá-los, só que eles não têm rádio de comunicação. Alguns não têm, então a gente não conseguiu”.

Com a chegada do pai de Ilana, a criança foi socorrida imediatamente pelos próprios familiares e encaminhado a unidade de saúde.

Após a realização de exames, foi constatado que o chumbinho permanece alojado na cabeça da vítima. Ela relata que não houve perfuração no crânio, não sendo necessária realização de cirurgia em um primeiro momento, já que o procedimento é considerado de risco, conforme teriam dito os médicos.

 “Ele disse que não precisa de cirurgia, porque foi superficial. Apesar do chumbinho estar lá, ele disse que ele pode conviver normalmente. Mas, se daqui a dois ou três meses incomodar e doer, aí que a gente procurasse o hospital para que seja visto a possibilidade da retirada”.

Ilana conta ainda que o filho permaneceu consciente todo o tempo após o acidente e segue em casa, sob cuidados da família. “Tem que acontecer para a gente ver que, apesar que não estava diretamente na barraca, mas mesmo assim pegou e é um perigo, porque é um chumbinho. Foi um milagre de Deus, como o médico mesmo disse, foi um milagre não ter atravessado o crânio”, alerta.

Empresa disse que local foi interditado para apuração do caso

Em nota, o Rotary Club Iguatu, que cedeu o espaço à empresa responsável pela administração do parque, informou que determinou a interdição imediata da área onde era realizada a atividade de tiro ao alvo com chumbinho.

A empresa afirmou que foi solicitado uma nova vistoria do Corpo de Bombeiros para reavaliar todas as instalações e notificamos a Polícia Civil e a Polícia Militar, que já estão tomando as providências cabíveis.

"As circunstâncias do ocorrido estão sendo apuradas, e todas as medidas necessárias serão adotadas para que episódios como este não se repitam", disse nota da empresa. Ela também esclareceu que entrou em contato com a família, que confirmaram que o menino está bem.

"Manteremos acompanhamento próximo e continuaremos à disposição para colaborar com tudo o que for necessário", pontou.

                                                 o Povo 

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