Entre os muitos atrativos que fazem da Expocrato um dos maiores eventos do interior nordestino, um deles conquista tanto o coração quanto o paladar do povo caririense: a Casa da Farinha. Conhecida por provocar longas filas e ainda mais sorrisos, a barraca tradicional projeta comercializar entre 25 mil e 30 mil unidades de beiju ao longo da edição 2025 da feira, que acontece no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante.
O espaço está funcionando diariamente das 7h às 21h e, como já é tradição, oferece quatro tipos de beiju: o clássico (com goma, massa e sal), com coco, com amendoim e o misto — uma combinação dos dois sabores. Os produtos, feitos com ingredientes frescos da terra, são símbolo da resistência da culinária ancestral do Cariri.
Toda a matéria-prima usada na produção — principalmente a mandioca — vem diretamente da comunidade rural da Malhada, no Crato. É de lá também que vem a equipe responsável por manter viva essa tradição, organizada por meio da Associação Padre Frederico da Malhada. Para garantir o padrão de qualidade, os trabalhadores passaram por uma preparação logo na chegada ao parque.
“Chegamos na quinta-feira (10) para adaptar o espaço e fazer o treinamento. Nem todos os que vêm já são experientes, então sempre fazemos esse trabalho com antecedência. Na sexta, a venda ao público começou oficialmente”, explicou ao Blog do Amaury Alencar o presidente da associação, José Dorizio.
Segundo ele, os primeiros dias foram mais tranquilos, mas a expectativa é de aumento significativo no fluxo de visitantes a partir deste domingo. “Hoje ainda está tranquilo. Mas amanhã, à tarde, o bicho pega. A procura é sempre muito grande”, comenta, rindo.
Muito além de um ponto de venda de beiju, a Casa da Farinha simboliza a valorização da agricultura familiar e o protagonismo das comunidades rurais do Cariri. A cada edição, o espaço se fortalece como um verdadeiro elo entre a tradição alimentar do sertão e a vitalidade econômica da Expocrato.
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