Ameaça de demissões: Elmano vai a Brasília e acompanha mobilização dos governadores que querem diálogo com Estados Unidos para mudanças nas tarifas sobre exportações

 


Os governadores dos estados que mais exportam para os Estados Unidos entraram em uma verdadeira corrida contra o tempo e, nesta terça-feira (29), desembarcam em Brasília para apelar ao presidente Lula mais diálogo com o presidente Donald Trump no sentido de reavaliação do pacote de tarifas sobre as exportações brasileiras.


O chamado tarifaço começa a valer nessa sexta-feira (1º) e, caso não haja mudança na sobretaxa de 50% sobre os produtos vendidos para os Estados Unidos, as consequências serão danosas à economia brasileira, com desaceleração da produção e inevitáveis demissões.


O Fórum de Governadores, que reúne os Chefes de Executivos dos 26 Estados e do Distrito Federal, pediu uma reunião emergencial com o Governo Federal. O repórter Carlos Silva conta, no Jornal Alerta Geral, dá detalhes sobre a agenda que tem impacto na economia brasileira.


CEARÁ ESTUDA MEDIDAS


Com mais impostos, os produtos ficam mais caros, há retratação nas vendas para os Estados Unidos e, como desdobramento, a produção é desacelerada e postos de empregos são fechados. Os setores de metalurgia e pesca são os mais afetados com o tarifaço.


Como tentativa de minimizar esses danos, os estados querem uma sinalização da União com um programa emergencial de socorro aos setores produtivos. Entre as medidas em debate, estão a redução da carga tributária, crédito com baixas taxas de juros e um possível programa de redução de salários e jornada de trabalho.


PREJUÍZOS NO CEARÁ


O Ceará é um dos estados mais prejudicados com as novas tarifas e o Governador Elmano de Freitas (PT), que cumpre agenda em Brasília, ao lado de lideranças empresariais, não esconde a preocupação com os efeitos das sobretaxas sobre as exportações, mas se antecipa para dizer que medidas estão sendo definidas para proteger empregos.

“Temos absoluta preocupação com os empregos que isso representa, com o pescado que está em contêiner, estamos discutindo que solução podemos dar, da mesma maneira com a castanha de caju, com a cera de carnaúba”, destaca Elmano, que, hoje, participa de uma reunião com o vice-presidente e ministro da Ministério do Desenvolvimento, Indústria. Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

O Governo do Estado ainda não anunciou nenhuma medida específica, mas espera avançar nas negociações com o Governo Federal para adoção de medidas nas áreas tributária e de crédito. Uma das reivindicações é o repasse, pelo Governo Federal, de recursos para compensar créditos retidos pela União, como prevê a Lei Kandir. “Esse é um dos assuntos que vamos tratar com o vice-presidente Alckmin. Nós achamos que é uma das medidas que pode ser debatida”, observa Elmano.

                                           Ceará Agora 

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