A poucas horas da vigência do tarifaço, cresce apreensão na economia: Elmano tem medidas para mitigar efeitos da sobretaxa para empresas cearenses

 


A entrada em vigor, nesta sexta-feira (1º de agosto), da sobretaxa imposta pelo Governo dos Estados Unidos a produtos exportados pelo Brasil gerou uma mobilização urgente de autoridades e setores produtivos.


A medida, que afeta diretamente segmentos como o aço, alumínio, alimentos processados, têxteis, metalurgia, agropecuário e pescado, representa um duro golpe para a economia nacional, com impacto direto sobre a balança comercial, a arrecadação e, principalmente, a geração de empregos.


A sobretaxa, em alguns casos, chega a 50%, tornando os produtos brasileiros menos competitivos no mercado norte-americano. O impacto na economia do Ceará ameaça 9.000 empregos nos setores que mais exportam – produção de aço, pescado, calçados e fruticultura.


PESCADO


Um expressivo número desses empregos está no setor de pesca, que tem 6.000 barcos e exporta 85% de pescados para os Estados Unidos. A quase totalidade dos barcos já está parada. Lideranças empresariais fizeram um apelo ao Governo do Ceará para o pescado ser incorporado à merenda escolar.


GOVERNO EM AÇÃO


O Governador Elmano de Freitas (PT) retornou ao Ceará, após reunião com o Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e avança com secretários de Estado e lideranças empresariais para anunciar medidas que minimizem os danos do tarifaço a empresas e, ao mesmo tempo, para preservar empregos.


Os interlocutores do presidente Lula tentam abrir diálogo com o Governo norte-americano para renegociar as tarifas. Diante do cenário, o governo brasileiro criou grupos de trabalho interministeriais para articular soluções emergenciais, enquanto governos estaduais — como o do Ceará — já se movimentam para proteger cadeias produtivas locais.


MEDIDAS EM ESTUDO


As medidas em estudo incluem desonerações fiscais, incentivos à exportação para outros mercados e renegociação de contratos com empresas afetadas. O repórter Carlos Silva conta detalhes sobre a agenda do Governo do Estado.


O quadro é de apreensão: empresários alertam para o risco de demissões, antecipação de férias e fechamento de plantas industriais. O momento é de incerteza e ação coordenada para evitar que a sobretaxa se transforme em uma crise social e econômica de grandes proporções.

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