Plano “Sementes do futuro” tem a meta de dobrar a produtividade de leite no Ceará.

 




O plano de desenvolvimento da agropecuária cearense, denominado Sementes do Futuro, iniciativa desenvolvida pela Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), em parceira com a SEDET e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quer dobrar a capacidade de produção de leite no Ceará. No ano passado, o Estado produziu 1 bilhão de litros de leite de vaca. “Essa produção é muito pequena diante do potencial do setor”, avalia o presidente da Faec, Amílcar Silveira. Para 2022, a meta, em curto prazo, é alcançar 2 bilhões de litros, segundo o presidente da Federação.

Para o coordenador do projeto Sementes do Futuro, Carlos Matos, a profissionalização da pecuária cearense é o primeiro passo para ampliar a produção leiteira. “O trabalho da assistência técnica será fundamental nesta etapa. Para isto, a Faec contratará um novo grupo de técnicos para programar as novas tecnologias. Para acelerar o processo de capacitação, a Betânia, maior indústria beneficiadora do Ceará, celebrará parceria com a Federação para melhorar a qualidade do leite”, afirma Carlos Matos.

Atualmente, o Ceará produz, em média, 1.500 litros por vaca/ano. “Com o mesmo plantel leiteiro que temos hoje, poderemos produzir o dobro do leite que estamos a  produzir agora”, avalia Carlos Matos. Um Núcleo Estratégico de Desenvolvimento Setorial (Neds) será criado para a cadeia produtiva do leite, segundo o coordenador do Projeto. “Há 10 anos que a pecuária cearense representava 1,4% da produção nacional de leite bovino. Hoje representa 2,4%, o que mostra uma boa dinâmica, mostra que o Ceará fez e faz diferente”, ressalta Carlos Matos.  

Carbono zero

Um dos primeiros encaminhamentos do Projeto será a transformação do setor pecuário para a linha de carbono zero. “Vamos dobrar a produção de leite, usando apenas a metade do rebanho que utilizaríamos se não houvesse o comprometimento com a sustentabilidade ambiental”, explica o coordenador do Sementes do Futuro. O aumento da renda do produtor a partir da profissionalização do setor também está na pauta do Projeto.


                                             Roberto Moreira 

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