Dom Gilberto destaca mensagem da Campanha da Fraternidade Ecumênica: “Necessária em tempos tão incertos”

 









“Qual é o significado dessa confissão de fé em tempos tão incertos como este em que vivemos?”, perguntou Dom Gilberto Pastana, durante a homilia da missa desta Quarta-feira de Cinzas, 17 de fevereiro, que abre o tempo litúrgico da Quaresma, período de quarenta dias que antecede a Páscoa de Jesus Cristo.

A confissão de fé, a que ele se refere, é o lema da Campanha da Fraternidade Ecumênica “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Efésios 2, 14a), cujo tema é convite aos cristãos e às pessoas de boa vontade à promoção da fraternidade e do diálogo como “compromissos de amor” diante das incertezas do tempo presente, marcado por conflitos, violências, racismos, xenofobias e outras práticas de ódio. “Como anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo em períodos turbulentos como o atual? Eis a necessidade da Campanha”, enfatizou o bispo, que também fez memória às cinquenta e oito campanhas da fraternidade já realizadas até aqui, das quais cinco foram ecumênicas, e afirmou que elas, quando vividas de forma concreta, possibilitam a associação da fé à vida, destacando também que o ecumenismo é “uma tarefa missionária importante e exigente” confiada à Igreja pelo Concílio Vaticano II.

O pensamento do pastor diocesano está em comunhão com o Papa Francisco. Em mensagem enviada à CNBB nesta quarta, o Santo Padre disse que “são os cristãos os primeiros a ter que dar exemplo, começando pela prática do diálogo ecumênico”.

Leia na íntegra, aqui: https://diocesedecrato.org/mensagem-do-papa-francisco-por-ocasiao-da-campanha-da-fraternidade-2021/

Na Igreja de Crato, a CF Ecumênica foi aberta oficialmente na missa das nove da manhã, presidida por Dom Gilberto na Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, concelebrada pelo vigário geral e cura da Catedral, Padre José Vicente Pinto.

Ao contrário do que acontece costumeiramente na celebração da Quarta-feira de Cinzas, depois do Evangelho e da homilia, o recebimento das cinzas não foi na fronte, mas na cabeça dos fiéis; não com o sinal da cruz, mas deixando-as cair. A medida objetiva o combate à Covid-19, cuja forma de transmissão se dá, principalmente, pelo contato. As práticas de jejum e abstinência de carne, por sua vez, permanecem. “Receber as cinzas confirma nossa fé na Páscoa de Cristo, na reconciliação e na esperança de um dia ressuscitar com Ele”, disse Dom Gilberto.

Para ajudar os diocesanos a viverem bem o tempo litúrgico da Quaresma, ele propõe um “retiro popular” que será publicado diariamente nas redes sociais (Facebook e Instagram) da Diocese com textos bíblicos e exercícios penitenciais como roteiros para auxiliar na Leitura Orante e no exercício cotidiano de santificação. Mais cedo, Dom Gilberto divulgou uma mensagem em vídeo por ocasião deste tempo litúrgico. Assista no vídeo abaixo.

Para saber mais

Todos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza uma campanha durante os quarenta dias que antecedem à Páscoa do Senhor para ajudar a reflexão dos fiéis e para motivar, de modo especial, os gestos fundamentais desse tempo litúrgico: a oração, o jejum e a esmola a partir do tema: “Fraternidade e diálogo: dom e compromisso” e lema: “Cristo é a nossa paz: o que era dividido fez unidade” (Efésios 2, 3ab). De caráter ecumênico, a proposta é extensiva às demais religiões de denominação cristã.

O gesto concreto da Campanha da Fraternidade se expressa na “Coleta da Solidariedade”, normalmente realizada no Domingo de Ramos em todas as comunidades católicas e ecumênicas, em âmbito nacional. A arrecadação compõe o “Fundo Nacional de Solidariedade” que no ano passado atendeu a 180 projetos em nível diocesano e oito projetos em nível paroquiais, graças também aos “Fundos Diocesanos de Solidariedade”.

Publicado por Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação

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