Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella é alvo de operação contra suposto esquema de corrupção

 

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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), é alvo de operação nesta quinta-feira, 10, como parte de um desdobramento da Operação Hades, que investiga a suspeita de pagamento de propina para liberação de pagamento na Prefeitura. A casa e o gabinete de Crivella são um dos endereços dos 22 mandados de busca e apreensão, pedidos pelo Grupo de Atuação Originária Criminal (Gaocrim).

Segundo informações da TV Globo, o celular de Crivella foi apreendido. Além do prefeito, os agentes também estão em endereços ligados ao ex-senador Eduardo Lopes e do ex- tesoureiro da campanha de Crivella ao Senado, Mauro Macedo, citado em delação sobre o esquema de propina envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do estado(Fetranspor). O irmão do ex-presidente da Riotur Marcelo Alves, Rafael Alves, também foi alvo da operação. O empresário foi citado em delações como suposto pagador de propina para a prefeitura. As informações são do G1 e do OGlobo.


A Operação Hades, conhecida como "QG da Propina" fez outra ação em março, quando a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram 17 mandados de busca e apreensão. Marcelo Alves, então presidente da Riotur, o irmão dele, Rafael Alves, e Lemuel Gonçalves, ex-assessor de Crivella foram alvos. Todos suspeitos de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.


O inquérito foi aberto no início de dezembro pelo MPRJ, após a delação do doleiro Sérgio Mizrahy, preso na Operação Câmbio Desligo, um desdobramento da Lava Jato no Rio. Ele chamou o escritório da prefeitura de "QG da Propina" e afirmou que o operador do esquema seria Rafael Alves. Mesmo sem cargo no local, ele era um dos homens de confiança de Crivella por ajudá-lo a viabilizar a doação de recursos na campanha de 2016. O doleiro não soube dizer se o Prefeito sabia ou não do esquema.

A suspeita é que as empresas interessadas em fechar contratos ou que tinham dinheiro para receber do município procuravam Rafael, com quem deixavam cheques. Em troca, ele intermediaria o fechamento de contratos ou o pagamento de valores que o poder municipal devia a elas.

A assessoria do prefeito não se pronunciou até a última atualização desta reportagem. Já o advogado de Crivella afirmou que o prefeito estava "tranquilo".

o Povo

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