URCA lança projeto Diálogos sobre a História e a Cultura do Cariri

 


 A Universidade Regional do Cariri (URCA), através do Instituto José Marrocos de Pesquisa e Estudos Socioculturais do Cariri - IPESC, lançará no próximo dia 14 de agosto, às 19h, o projeto Diálogos sobre a História e Cultura do Cariri, abordando a temática “A Importância de José Marrocos para a História e a Cultura do Cariri”, em homenagem ao professor, escritor e jornalista cratense José Marrocos, que estará completando 110 anos de seu falecimento.

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As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas pelo site http://cev.urca.br/siseventos/. A transmissão ocorrerá pelo canal da URCA no YouTube. O evento terá como palestrantes a professora doutora Maria de Fatima Morais Pinho, do curso de história da URCA, e o professor doutor Marcelo Ayres Camurça Martins, da Universidade Federa de Juiz de Fora e Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

O projeto Diálogos sobre a História e Cultura do Cariri tem como objetivo principal propiciar aos estudantes, professores, pesquisadores e público em geral o conhecimento e debate acerca de temas relevantes para a história e a cultura do Cariri.

A realização dos Diálogos ocorrerá ao longo do segundo semestre deste ano, tendo um intervalo de tempo de 21 dias entre os mesmos. Além da temática inaugural, os seguintes temas já estão agendados: a ação missionária do padre Ibiapina no Cariri, as romarias de Juazeiro do Norte, o Caldeirão do Beato José Lourenço, a festa do pau da bandeira de Barbalha, história política do Cariri, cordel: patrimônio cultural do povo brasileiro, e beatos e beatas: a vida de Maria de Araújo.

 

José Marrocos

José Marrocos é patrono do IPESC e teve destacada atuação na vida social, religiosa e política do Cariri, do período de 1868 a 1910.

José Joaquim Teles de Marrocos nasceu no dia 26 de novembro de 1842, na cidade de Crato. Em 1865 ingressou no Seminário da Prainha, em Fortaleza. No entanto, por divergências teológicas com os padres lazaristas e pelo fato de ser filho e neto de padres, José Marrocos foi expulso do Seminário, em 1968.

Voltando ao Cariri, ele fundou, ainda em 1968, o Colégio são José, dedicado à formação em línguas dos moços da cidade do Crato. Também nesse ano, fundou em parceria com o Padre José Maria Ibiapina o jornal A Voz da Religião, cuja principal função era divulgar as obras do referido missionário. Com a proibição imposta ao padre Ibiapina, em 1872, de missionar no Ceará pela Diocese do Ceará, o jornal deixou de circular.

A partir de 1878, José Marrocos dedica-se arduamente à luta pela abolição da escravatura no Brasil. Participou da Sociedade Libertadora Cearense e colaborou com diversos jornais abolicionistas, sobretudo O Libertador, principal meio de comunicação da comunidade abolicionista no Ceará.

Primo do Padre Cicero Romão Batista, José Marrocos foi também um árduo defensor do “milagre da hóstia”, fato ocorrido em 1889, durante o qual a hóstia consagrada teria se transformado em sangue. Escrevia constantemente para jornais, amigos e membros do clero defendendo “milagre”.

Em 1908, mudou-se para Juazeiro, passando a se dedicar à causa da emancipação política da cidade. Nesse sentido participou da fundação do jornal O Rebate, principal veículo de divulgação do movimento emancipacionista.

Para mais informações: ipesc@urca.br

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