Corregedoria do MPF vai investigar ação de aliada de Aras na Lava Jato

A corregedora-geral do Ministério Público Federal (MPF), Elizeta Maria de Paiva Ramos, determinou ontem (29) a abertura de sindicância para apurar as circunstâncias da ida de uma das principais auxiliares do procurador-geral da República, Augusto Aras, a Curitiba na semana passada. A subprocuradora Lindora Araújo, coordenadora do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR), esteve na capital paranaense entre os dias 23 e 25 para um encontro com integrantes da força-tarefa da operação.


A visita ao QG da Lava-Jato motivou reação por parte de seus integrantes. Eles questionaram a iniciativa de Lindora Araújo, acusando-a de realizar manobra ilegal para copiar bancos de dados sigilosos de investigações de maneira informal e sem apresentar documentos ou justificativas para a tomada dessa providência.

Segundo a força-tarefa, não houve comunicação de qual seria a pauta da reunião. Os procuradores afirmaram que “não foi formalizado nenhum ofício solicitando informações ou diligências, ou informando procedimento correlato, ou mesmo o propósito e o objetivo do encontro”. Pontuou ainda que não se soube se ida da subprocuradora a Curitiba foi de natureza “administrativa, correicional ou finalística”.

A partir desta reclamação, a corregedora-geral decidiu apurar o caso. A sindicância, que correrá de forma sigilosa, será feita tanto pela “ótica do fundamento e formalidades legais da diligência quanto da sua forma de execução”, afirmou o documento assinado por Elizeta Ramos. A apuração da corregedora servirá também para esclarecer a existência de equipamentos usados para gravação de chamadas telefônicas recebidas por integrantes da força-tarefa, incluindo integrantes e servidores.

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