Casal juazeirense adota criança em meio ao isolamento social

 “É uma alegria nova de viver, são poucos dias mas parece que é uma eternidade. Nosso amor é recíproco. Não tem preço e não me vejo mais sem ele. Só digo que adoção não é ato de caridade é de grande amor. É um amor tão grande que parece que não cabe no peito. E a alegria de tê-lo conosco foi como uma vacina de ânimo. Vacina do amor que desejamos ao mundo. Que o mundo se cure desse mal com amor. E amor de filho não tem tamanho.

 Casal juazeirense adota criança em meio ao isolamento social


Essas são as palavras da Marcy Pereira, que junto do esposo Moreira da Paz, adotaram o pequeno Miguel de um ano e dois meses. Ela disse que tudo começou em junho de 2016, quando fizeram o cadastro no Sistema Nacional de Adoção (SNA). Após passarem por toda a parte burocrática, o menino chegou para a nova família no dia 04 de junho, que ainda tem a guarda provisória.

A notícia foi recebida pelos pais com muita alegria, principalmente porque o mundo passa por um momento muito triste com a pandemia da Covid-19. “Em meio a esta pandemia, com tanta tristeza para o mundo, nós recebemos a notícias dia 25 de maio, que tinha uma criança de 1 ano e dois meses a nossa espera”, explicou a mãe.

Ela afirmou que não procurou detalhes sobre Miguel, porque só em saber que teria o filho nos braços, ela e o esposo aceitaram de imediato. “Não perguntamos nada sobre ele, apenas dissemos sim e o coração quase não aguenta,” falou euforicamente.
Marcy crê que a fé foi também uma grande colaboradora, pois o processo após a confirmação de ter uma criança disponível na fila da adoção, aconteceu mais rápido que ela imaginava.
 “Nós estávamos apreensivos, pessoas morrendo pelo mundo, entes queridos nossos indo embora sem poder velar. E como nós acreditamos no imenso amor de Deus, tudo aconteceu rápido: na mesma semana o Assistente Social nos visitou, dois dias depois fomos conhecê-lo e foi como se ele já fosse nosso. Não demorou, foi amor à primeira vista. Uma química inexplicável.”,  ela relatou.
O apoio dos familiares também foi peça-chave para que tudo se encaixasse. Devido ao isolamento social, eles perceberam que teriam dificuldade em comprar mobília e roupas infantis.
 “Apesar de todas as lojas fechadas, sem ter como comprar nada, contamos com a solidariedade humana de toda nossa família. Na semana que recebemos a notícia, comentamos nos grupos da minha família e do meu esposo e tudo chegou: de roupinha a berço. As tias, primos e avós abraçaram a causa com muito carinho. Eles já o amaram desde o dia da notícia.”, falou.
Marcy só espera que a família permaneça em paz, porque ela tem a certeza que o ambiente é regrado de amor pelo Miguel.
 “Ele parece que nasceu de mim, tem alguns mistérios lúdicos que observo no olhar dele, que se parece comigo. Ele é super calmo como o pai, é muito interessante. Já é dono da situação, fica pra lá e pra cá. Ocupou todos os espaços vazios da nossa casa. Daqui pra frente às expectativas são as melhores possíveis e não temos dúvidas do grande amor que sentimos por ele. Somos gratos a todos pelo amor, isso não tem preço”, finalizou.


 Badalo 

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