Bancários discutem medidas para período de maior demanda, com pagamento de salários e aposentadorias

Fortaleza em 24 de março de 2020, movimentaçao em entrada de banco em tempos de quarentena devido ao coronavirus. (Foto Fábio Lima)
Fortaleza em 24 de março de 2020, movimentaçao em entrada de banco em tempos de quarentena devido ao coronavirus. (Foto Fábio Lima) (Foto: Fábio Lima)
Sindicato dos Bancários se reúne nesta segunda-feira, 30, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir medidas que visam dar assistência segura à população diante da pandemia de Covid-19. As discussões devem se pautar no período de maior demanda, que inicia com o pagamento de salários e aposentadorias nesta primeira semana de abril. As agências bancárias já funcionam com horário flexível e redução de contingente, com objetivo de evitar aglomerações e minimizar o risco de contágio pela exposição prolongada.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, Carlos Eduardo, desde antes das medidas oficiais, as condições de atendimento à população têm sido pauta da entidade. “Organizamos um comitê de crise para estabelecer condições de atendimento sem propagar a doença; para saber quais são as condições de trabalho, barreiras sanitárias, critérios e medidas para que tudo seja feito da forma mais segura possível”, detalha Carlos.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), existe um esforço do setor pelo alinhamento na adoção de práticas no enfrentamento ao novo coronavírus, mas cada instituição segue sua estratégia de negócios e política de organização do trabalho. As agências, contudo, devem assegurar as condições de um ambiente de trabalho com proteção à saúde: higienização, distanciamento entre os postos de trabalho, controle do número de pessoas dentro da agência e organização de filas para que não haja contato entre os próprios clientes.
Cerca de 30 milhões de aposentados começaram a receber seus benefícios pagos pelo INSS, desde a quarta-feira. Diante da maior demanda, o Sindicato dos Bancários reforça que já estão cobrando aos bancos e ao poder público o cumprimento dos decretos para que sejam evitadas aglomerações nas agências. “O que vimos desde o início, no dia 25 de março, foram longas filas nas portas das agências bancárias, o que as recomendações municipais e estaduais falam para evitar”, comenta Carlos, presidente do Sindicato.
Grupos mais vulneráveis têm atendimento exclusivo 
Para preservar a segurança de funcionários e clientes no exercício do atendimento bancário, a rede bancária adotou série de medidas, especialmente para segmentos mais vulneráveis da população, como os idosos, gestantes e portadores de deficiência. Estes devem ter atendimento exclusivo nas agências das 9 horas às 10 horas, de acordo com a Febraban.
A orientação é para que a população busque canais digitais, com a proposta de reduzir a necessidade do atendimento presencial. Sob regime de contingenciamento, há ainda a limitação do número de pessoas no interior das agências. O atendimento ao público deve ocorrer apenas para transações essenciais, pelo período mínimo das 10h às 14 horas, enquanto durar a emergência na saúde pública, causada pela pandemia de coronavírus.
Beneficiários do INSS têm atendimento diferenciado no Banco do Brasil
Para evitar o fluxo nas agências, o Banco do Brasil divulgou medidas adotadas para que os beneficiários do INSS possam resolver pendências sem sair de casa. De acordo com o gerente da agência central do Banco do Brasil em Juazeiro do Norte, Émerson Távora, a primeira é a suspensão da exigência da prova de vida para o pagamento do INSS.
“Os beneficiários podem ficar tranquilos, não vai haver bloqueio no benefício pelos próximos 120 dias; quem não realizar prova de vida será pago normalmente”, esclarece em entrevista à rádio O POVO/CBN. Outra medida orientada pelo gerente é a utilização do cartão de beneficiário para realizar o pagamento de compras. Dessa forma, evitando a necessidade de atendimento presencial.
Segundo o gerente, além do horário já decretado nacionalmente para atendimento exclusivo dos grupos mais vulneráveis, a população pode contar com o atendimento expandido nas agências do Banco Central, das 6 horas até as 22 horas. Émerson também orienta que a população busque os serviços em terminais eletrônicos e bancos 24 horas. “Evitem horários de grande fluxo, procurem os correspondentes bancários mais próximos de suas residências, e mantenham distância mínima de dois metros em caso de filas”, recomenda o gerente.
De acordo com Émerson, o Banco Central disponibiliza canais de comunicação no WhatsApp para atendimento da população, que pode entrar em contato a partir do número (61) 61 4004-0001, e na central do Banco do Brasil 0800-729-0001.


o povo 

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